ICSS já está preparado para oferecer certificação por experiência

O ICSS já está com todo seu arcabouço, sistema e regulamentos prontos para iniciar a certificação por experiência, incluindo sua banca para avaliação.

A certificação por experiência foi um dos avanços da Resolução Previc nº 23 para simplificar o sistema de Previdência Complementar Fechada. A modalidade havia sido extinta em janeiro de 2021, por meio da Instrução nº 29, de 21 de julho de 2020, quando a autarquia passou a aceitar, para fins de habilitação, apenas certificações obtidas por prova ou por prova e títulos.

Agora, esse modelo retorna, propiciando que o ICSS volte a poder certificar profissionais com base nesta modalidade. “Se houver uma metodologia correta e isenta de avaliação, é possível trazer para dentro do sistema profissionais com conhecimento e competência para assumir cargos nas entidades”, disse o Diretor-Presidente do ICSS, Guilherme Leão.

O ICSS já se organizou ainda no sentido de formar uma banca especializada que avaliará essa experiência por meio de entrevista do candidato. A partir da entrevista, deve ser elaborado um parecer, que ficará à disposição da Previc.

A banca será composta por membros independentes com autonomia, independência e isenção na avaliação, e o processo deve ficar arquivado na instituição certificadora para fiscalização da autarquia.

O lançamento dessa certificação ocorrerá em breve e será amplamente divulgado a todos os interessados.

Insight session do 44º CBPP mostra como o foco na proposta de valor ajuda a construir um sonho

O último dia do 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada iniciou com uma insight session inspiradora para os mais de 5 mil participantes da audiência, entre presenciais e online.

“A única coisa indestrutível” foi o tema, conduzido por Luis Justo, CEO do Rock in Rio, que compartilhou com o público a experiência de sair da insatisfação para empreender um sonho.

Após importantes discussões sobre o fundamental papel da liderança para construir caminhos de solução para um futuro desejável, levando as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) a serem operadoras de previdência empreendedoras, a sessão compartilhou lições e desafios relacionados à liderança, trabalho em equipe, visão estratégica, comunicação e transformação digital.

Assim, Justo falou de sua experiência própria com a primeira edição do Rock in Rio, a qual ele chamou de realização de um sonho de mostrar para o mundo a capacidade de fazer um evento de tal dimensão. “Mostramos nossa capacidade brasileira de empreender algo de altíssimo nível”, disse.

Com base na sua experiência, Justo ofereceu alguns insights sobre como ser um empreendedor que consegue realizar um sonho.

  • Entender proposta de valor do negócio

“Produto é diferente de proposta de valor”, disse. “Vocês que trabalham com previdência complementar, é preciso saber o valor que está por trás do produto de vocês. Entender a proposta de valor dá capacidade de inovar no produto”.

  • Cultura

“Cultura são valores compartilhados pelas pessoas que fazem parte da organização”, ressaltou Justo. “E a cultura deve ser construída através do exemplo da liderança”.

Ele deu o exemplo do nível de atenção aos detalhes, necessário para manter padrões de excelência. “No Rock In Rio, foi feito um exercício de mapear os valores compartilhados e que devem ser refletidos na empresa. É importante isso ser formalizado, não para virar um quadro na parede, mas hoje em dia contratamos e demitimos pessoas olhando para isso, que define o que a gente acredita”.

  • Jornada do cliente

“O cliente deve estar no centro da nossa jornada”, disse, complementando que, muitas vezes, é preciso se fazer uso da inovação, saindo da cabeça de simplesmente entregar o atributo de produto. “Isso começa por uma escuta ativa”, ou pró-ativa, como Justo explicou, sempre com o entendimento voltado a melhorar a experiência do cliente.

  • Crise: risco e oportunidade

“Junto de uma crise, necessariamente há uma oportunidade”, reiterou Justo. E essa oportunidade é encontrada quando se sai da zona de conforto, complementou.

  • Coragem

“Coragem não é apenas física. É moral, de transformar sociedade e os negócios, tomando risco”, declarou. 

  • Compartilhar resultados com a equipe

“Não há outra forma de fazer tudo isso sem as pessoas”, finalizou Justo.

 

O 44º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: Asa Investments; BB Asset; BNP Paribas Asset Management; Itajubá Investimentos; Sinqia. Patrocínio Ouro: Aon; Bradesco; BV Asset; Galapagos Capital; Genial Investimentos; Itaú; MAG; Safra; Santander Asset Management; Spectra Investments; SulAmérica Investimentos; XP. Patrocínio Prata: Aditus; Alaska; Anbima; Principal Claritas; Constância Investimentos; Maps + Data A; GTIS Partners; Hashdex; JP.Morgan Asset Management; NAVI; Neo; PFM Consultoria e Sistemas; Trígono Capital; Velt Partners; Vinci Partners. Patrocínio Bronze: Apoena; BlackRock; Capitânia Investimentos; Carbyne Investimentos; Fator; Fram Capital; Franklin Templeton; Hectare Capital; HMC Capital; Inter; Investira; Mapfre Investimentos; Market Axess; Marsche; Mercer; Mestra Informática; Mirae Asset; Polo Capital Management; PRP Soluções Contábeis; RJI Investimentos; Schroders; Teva Indices; Trust Solutions; uFund.

Discussões sobre riscos, reforma, investimentos e tecnologia encerram série de palestras técnicas

As palestras técnicas continuaram a todo vapor no segundo dia do 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada, encerrando a série de conteúdos que contou com 28 apresentações nos dois primeiros dias do evento.

Os principais temas abordados proporcionaram discussões sobre risco, oportunidades de investimento, reforma tributária, tecnologia, gestão, mercado de seguro e modernização do PGA.

No início do dia, Chico Fernandes, Sócio-fundador da PFM Consultoria, tratou do apetite a riscos nas EFPC, com uma proposta para a abordagem desse tema, abrangendo riscos estratégicos, financeiros e operacionais.

Para falar sobre oportunidades de investimentos, diversos especialistas foram convidados ao Congresso este ano. Andre Fadul, Head da Gestão de Crédito Privado, e Bruno Bonini, Head Comercial e de Produtos do Banco Safra apresentaram uma visão sobre os desafios e as oportunidades do cenário de crédito para o próximo ano.

O crédito privado de fato começa a demonstrar os primeiros sinais de recuperação, e a BB Asset também abordou o tema em outra palestra com apresentação de Flavio Mattos, Gerente Executivo de Fundos de Renda Fixa e Câmbio; Marcelo Farias, Gerente Executivo de Análise e Alocação Doméstica da BB Asset; moderação de Larissa Ramalho, Assessora de Investimento.

Abordando a visão para o atual ciclo de bolsa no Brasil, Luiz Alves Paes de Barros, Sócio-fundador e Chairman, e Thiago Jacinto Sócio-fundador e Analista de Empresas na Alaska, realizaram outra palestra.

Para falar sobre estratégias de renda variável e crédito, uma palestra foi conduzida por Philipe Biolchini, CIO da Bradesco Asset. Outra apresentação contou com Luiz Felix, Head Global Asset Allocation, e Renato Santaniello, Head Latam Global Multi Asset Solutions da Santander Asset Management, explorando o tema investimentos offshore.

Também foram apresentados quatro estudos que buscam explicar o comportamento dos fundos brasileiros no contexto atual sob diferentes ângulos, em palestra de Eduardo Cagnacci, Head de Investment Solutions, e Gabriel Marquezino, Analista de Investment Solutions da BV Asset.

A alta de taxas de juros nos EUA e o cenário provável de recessão podem impactar o mercado imobiliário, e Andre Toneto Gerente de Aquisições e Investimentos, e Marcello Leone, Diretor de Capital Markets Latam da GTIS Partners, participaram de palestra sobre os desafios enfrentados, as consequências sofridas pela indústria e as oportunidades consequentes disto.

A gestão ativa em renda variável está ganhando ainda mais relevância. foi esse o mote da palestra conduzida por Aquiles Mosca, Head Comercial, Marketing e Digital, e Marcos Kawakami, Head de Renda Variável da BNP Paribas Asset Management.

Ainda dentro do tema de investimentos, Gustavo Ribas, CEO e Gestor de Real Estate, e Luis Stacchini, Gestor de Real Estate da Navi Capital, falaram sobre o perfil de alocação das fundações em diferentes mercados e qual potencial de crescimento

E Rafael Bassani, Sócio da Spectra Investments, abordou a terceirização da administração de programas de investimento em ativos alternativos por investidores institucionais, discutindo os benefícios dessa estrutura e a implementação de um programa voltado a essa gestão.

Uma perspectiva dos impactos da reforma tributária nos modelos de negócio das principais empresas do país também foi apresentada no 44º CBPP, com participação de Daniel Rodrigues, Sócio da VELT Partners, como palestrante.

O mercado de seguros de vida e previdência no Brasil e no mundo apresenta oportunidades significativas de crescimento. Para abordar o tema, Carolina Vieira, Diretora de Parcerias Estratégicas da MAG Seguros, conduziu uma palestra técnica ainda na manhã do segundo dia de evento.

Um tema de extrema relevância para setor, a necessidade de modernização do PGA foi palco de apresentação dos palestrantes Eduardo Lamers, Assessor da Superintendência Geral da Abrapp; Elizabete da Silva, Coordenadora da Comissão Técnica Nordeste de Contabilidade da Abrapp/Ancep; Geraldo Assis, Secretário Executivo do Colégio de Contabilidade da Abrapp/Ancep; e Júlio Pasqualeto, Membro da Comissão Técnica Sul de Contabilidade Abrapp/Ancep.

O uso da tecnologia para otimizar processos e democratizar a previdência complementar também foi um tema de destaque entre as palestras técnicas do segundo dia de Congresso. Renata Coutinho, Diretora de Previdência, Renata Tognozzi, Especialista de Negócios da Sinqia, falaram sobre como a tecnologia pode maximizar a atração de participantes aos sistemas.

A tecnologia também é aliada das EFPC para evitar penalidades e proteger os participantes de determinados riscos. Marina Vieira Fabro, Diretora Executiva da Maps + Data A, apresentou como isso pode ocorrer na prática, demonstrando ainda alguns casos de sucesso, e encerrando a série de palestras técnicas do Congresso.

O 44º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: Asa Investments; BB Asset; BNP Paribas Asset Management; Itajubá Investimentos; Sinqia. Patrocínio Ouro: Aon; Bradesco; BV Asset; Galapagos Capital; Genial Investimentos; Itaú; MAG; Safra; Santander Asset Management; Spectra Investments; SulAmérica Investimentos; XP. Patrocínio Prata: Aditus; Alaska; Anbima; Principal Claritas; Constância Investimentos; Maps + Data A; GTIS Partners; Hashdex; JP.Morgan Asset Management; NAVI; Neo; PFM Consultoria e Sistemas; Trígono Capital; Velt Partners; Vinci Partners. Patrocínio Bronze: Apoena; BlackRock; Capitânia Investimentos; Carbyne Investimentos; Fator; Fram Capital; Franklin Templeton; Hectare Capital; HMC Capital; Inter; Investira; Mapfre Investimentos; Market Axess; Marsche; Mercer; Mestra Informática; Mirae Asset; Polo Capital Management; PRP Soluções Contábeis; RJI Investimentos; Schroders; Teva Indices; Trust Solutions; uFund.

Conselhos devem ser guardiões dos valores das organizações

Os Conselhos Deliberativos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) se deparam constantemente com desafios e grandes responsabilidades. Entre eles estão o conhecimento de seus papéis e funcionamento dentro do contexto de expansão, fomento e governança ágil.

Entender mudanças nos ambientes de negócios e melhorar o processo de tomada de decisão também faz parte das atribuições dos conselheiros. Para discutir o tema, o 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP) levou especialistas para participar da Plenária “Nova Forma de Pensar Governança” no segundo dia de evento.

“Nesse mundo de inovação e disruptura, tecnologia e mudanças que geram tumulto no ambiente de negócios, os conselhos fazem todo sentido, mas o problema é a entrega”, disse Elismar Alvares, Coordenadora do Programa de Desenvolvimento de Conselheiros da FDC.

A entrega de valor é primordial e faz parte do papel principal dos conselheiros, disse ela. “Os conselhos não nascem prontos, precisam construir uma curva de aprendizagem e é uma jornada”.

Alexandre Di Miceli, Expert em Governança, sócio-fundador da Virtuos Consultoria e membro do IBGC, concordou que os conselhos devem ser os guardiões dos valores das organizações, mas ainda há um descompasso sobre o que é essencial para se criar valor.

“Há uma crise existencial em relação à utilidade dos conselhos. Hoje ainda se vê uma mentalidade de planejar e controlar”, destacou Miceli. “Na prática, o real valor agregado tem sido cada vez mais questionado”.

Papel do conselho – Alvares ressaltou que o conselho é um agente eleito pelos acionistas, guardião dos valores, da reputação, e responsável pelos resultados tangíveis e intangíveis das empresas.

“Não falamos em entrega de resultado só para acionistas e entrega de valor aos controladores. Isso precisa ser estendido a toda a sociedade”, destacou, enfatizando ainda a necessidade de se ter uma comunicação consistente e coerente.

Além disso,  as decisões de impacto da empresa passam pelo conselho, que deve ser empoderado. “É preciso haver liberdade de expressar opiniões e dar respostas em prol do negócio”, disse Alvares.

“O que há de mais moderno é o uso do contraditório, é polemizar, discutir, trocar ideias. Ninguém vem orientado com a sua decisão, ela está submetida ao olhar e à interação com vários conselheiros”, reiterou.

Fator Humano – Miceli fez uma reflexão sobre em que medida o valor de uma organização e sua sustentabilidade depende de elementos como:

  • Um propósito claro e vivenciado no dia a dia
  • Sólidos valores
  • Cultura ética com pleno alinhamento ao que é declarado e praticado
  • Liderança em todos os níveis
  • Elevada segurança psicológica em todas as equipes
  • Felicidade, autorrealização e saúde mental
  • Elevada confiança
  • Diversidade, inclusão e pertencimento
  • Plena utilização da inteligência coletiva de todos
  • Cultura de incentivo à experimentação e inovação

“Na prática, o real valor agregado às empresas tem sido cada vez mais questionado”, disse o especialista. “Como os conselhos podem agregar valor no atual cenário?”, provocou ele, dando alguns insights sobre como isso pode ocorrer:

  • Reformular a pauta, dedicando mais tempo para futuro, ao fator humano, e menos para questões contratuais burocráticas e números frios;
  • Criar indicadores sobre aspectos culturais intangíveis;
  • Dar o exemplo: o conselho precisa ter a cultura que quer ver na organização;
  • Selecionar e substituir executivos em função de como incorporam valores e cultura desejada;
  • Ter um sistema de remuneração que seja parte da solução, e não do problema.

Para Elismar Alvares, a remuneração de conselheiros não pode ocorrer apenas por reunião, pois grande parte do trabalho é feita fora das reuniões. “Os conselheiros devem manter o comprometimento com a empresa enquanto durar o mandato”, disse.

“Isso exige uma mudança de modelo mental da maioria dos atuais dirigentes, pois para a maioria dos conselheiros, ter maior profundidade a temas ligados ao fator humano quer dizer sair da zona de conforto”, pontuou Miceli.

Ficar obcecado com o resultado e não olhar a base impede a criação de valor, reiterou ele. “O valor é criado fundamentalmente a partir dos elementos culturais associados ao fator humano. Os conselhos têm o grande papel de ser a consciência da organização. Tudo começa com uma aspiração nobre”.

Diversidade e inclusão – “Se queremos um mundo inclusivo para melhorar a sociedade, temos que militar e trabalhar em função da inclusão”, disse Elismar Alvares. Nos conselhos de administração, além da diversidade ser um apelo social, é também uma necessidade, ela pontuou.

“A diversidade constrói melhores decisões. Pontos de vista de vários lugares constróem decisões”, a especialista complementou.

Margaret Groff, Conselheira e fundadora do MEX Brasil e mentora do GWNET, também abordou a importância de levar diversidade e inclusão para dentro da governança e gestão das EFPCs. Ela contou um pouco sobre sua carreira e as dificuldades que enfrentou pela falta de oportunidade para as mulheres.

“Trabalhei 10 anos em Diretoria Técnica e gostava bastante, mas em um certo momento vi que a dificuldade em alavancar minha carreira era muito grande, porque sempre optavam por engenheiros homens”. A palestrante ressaltou que esse é um tema de muita importância na governança tanto por conta dos três pilares ambiental, social e governança (ASG), que são fundamentais tanto para a gestão, desenvolvimento e avanço da sociedade, como por conta da demanda da legislação, que também impacta as empresas e investimentos.

Segundo ela, as empresas devem capacitar seus colaboradores e ter mecanismos para combater crimes como violência e assédio, além de proporcionar igualdade de oportunidade e igualdade salarial.

Groff listou ainda alguns pontos em que as organizações podem impulsionar a igualdade:

  • Incentivar a diversidade com foco na equidade de gênero;
  • Maior flexibilidade na liderança;
  • Maior transparência e estímulo ao bem estar;
  • Oferecer flexibilidade na jornada de trabalho, híbrida ou flexível.

O quarto ponto vem mostrando avanços nos últimos anos em relação ao número de mulheres presentes como líderes das instituições. Em 2019, as lideranças eram compostas por 15% de mulheres e, após o trabalho híbrido impulsionado pela pandemia, essa porcentagem passou para 28%.

“Há uma discussão sobre a continuidade do trabalho híbrido, mas ele é fundamental. A flexibilidade no trabalho é uma pauta importante que precisa ser discutida, levada e monitorada pelo conselho de administração”, ressaltou.

Por fim, a especialista destacou que promover a equidade e a diversidade traz diversos benefícios para as organizações, pois além de ser uma questão de direitos humanos das mulheres, promove o aumento do número de talentos, melhora os resultados sociais e ainda proporciona maiores taxas de crescimento econômico e maior estabilidade macroeconômica.

O 44º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: Asa Investments; BB Asset; BNP Paribas Asset Management; Itajubá Investimentos; Sinqia. Patrocínio Ouro: Aon; Bradesco; BV Asset; Galapagos Capital; Genial Investimentos; Itaú; MAG; Safra; Santander Asset Management; Spectra Investments; SulAmérica Investimentos; XP. Patrocínio Prata: Aditus; Alaska; Anbima; Principal Claritas; Constância Investimentos; Maps + Data A; GTIS Partners; Hashdex; JP.Morgan Asset Management; NAVI; Neo; PFM Consultoria e Sistemas; Trígono Capital; Velt Partners; Vinci Partners. Patrocínio Bronze: Apoena; BlackRock; Capitânia Investimentos; Carbyne Investimentos; Fator; Fram Capital; Franklin Templeton; Hectare Capital; HMC Capital; Inter; Investira; Mapfre Investimentos; Market Axess; Marsche; Mercer; Mestra Informática; Mirae Asset; Polo Capital Management; PRP Soluções Contábeis; RJI Investimentos; Schroders; Teva Indices; Trust Solutions; uFund.

Homenagem e prêmio para Marisa Bravi (in memoriam) comovem público do 44° CBPP

O 26º Prêmio Nacional de Seguridade Social teve como ganhadora (in memoriam), no início da tarde desta quinta-feira (19), Marisa Santoro Bravi, que nos deixou no início deste ano. Troféu e diploma foram entregues pelo ex Diretor-Presidente da Abrapp, José de Souza Mendonça, e pelo Sócio e Diretor de Relação com Investidores na Trígono Capital, Fernando Brandão, aos familiares em um clima de muita emoção.

A cerimônia de entrega do prêmio foi uma oportunidade de reconhecer, lembrar e agradecer a dedicação de Marisa à Abrapp e suas associadas ao longo de mais de três décadas, uma longa trajetória na qual deixou marcas profundas. “Dedicação, paixão e entrega” foram palavras usadas para traduzir um pouco dos méritos nelas reconhecidos com facilidade.

Profissional focada especialmente no atendimento dos participantes (participou muito ativamente da criação do serviço “Abrapp Atende”) e em relações públicas, produziu os melhores resultados, conquistando admiradores e amigos pelo caminho.

Familiares de Marisa Santoro Bravi recebem Prêmio durante 44º CBPP

 

Duas mensagens, uma delas lida pela mestre de cerimônias Vera Armando durante a entrega do Prêmio no 44º CBPP; e a outra, disponibilizada por meio digital, sintetizam o sentimento que Marisa deixou entre os seus amigos da Abrapp:

Mensagem da Entrega do Prêmio:

Quem nesta plateia teve a oportunidade de ser impactado por este ser humano iluminado, conhece bem a dimensão da energia de amor e generosidade que transbordava do sorriso acolhedor da nossa homenageada.

Marisa Santoro Bravi, filha do senhor Paulo e da dona Olga – de quem herdou enorme sabedoria para ver e viver a vida – irmã muito orgulhosa do valdir, esposa do grande amor da sua vida, hélvio – que além do sobrenome bravi, construiu ao seu lado o lar que ela sempre sonhou. e, desse amor saudável e genuíno, receberam felipe e tati! nessa base sempre residiu o seu maior tesouro… por eles e para eles…

A mãe, esposa e filha foi, também, amiga de muitos e para todas as horas – não media esforços para se fazer presente em momentos importantes e ser mão estendida quando preciso…

Além de uma colega de trabalho e gestora inigualável. sorte de quem com ela aprendeu a imprimir excelência em cada detalhe, a surpreender e encantar em cada entrega… e a parar por um minuto e apreciar o sol se despedindo do dia ao anoitecer na janela do escritório…

Profissionalmente, Marisa construiu um verdadeiro legado!

Fez sua carreira como relações públicas na Cesp, de onde ingressou na previdência complementar quando assumiu a comunicação e relacionamento da então Fundação Cesp (hoje Vivest) e, posteriormente, vindo para a Abrapp onde realizou muitos feitos! criou o Abrapp atende e por 3 décadas conduziu incontáveis eventos, coordenou projetos e comissões e ministrou inúmeras palestras e treinamentos por todo o Brasil.

Visionária, numa época em que as vozes femininas eram ainda mais raras, Marisa militou pela comunicação no sistema – hoje, ainda um dos nossos maiores desafios – desde 1993, quando no congresso realizado no rio de janeiro com o tema central “2010: caos ou prosperidade”, ela literalmente estreou a inserção do assunto na agenda do setor para os poucos ouvintes da época…

O que hoje é um mantra no mundo corporativo “o cliente no centro” já era por ela alertado desde o século passado, sempre lembrando em seus artigos e palestras que o cliente é a razão de existir da entidade… sem ele, sem entidade!

Na verdade, o que Marisa sempre defendeu foi o olhar humano… para as pessoas…

como bem expresso na frase do Walt Disney que ela adorava citar por igual valores e convicção “você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo, mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade”.

É, para nós, muito desafiador expressar a grandiosidade de um legado profissional tão intenso, consistente e atual nesta breve mensagem… hoje, a mestre das palavras que impactaram a muitos, nos deixa uma lacuna…

Que toda a dedicação, paixão e entrega que ela ofereceu ao sistema siga vivo em cada um de nós, ao menos, como inspiração… e como ela mesma dizia: “que tenhamos mentes e corações abertos para a ousadia de sonhar, pois uma visão com ação pode mudar o mundo”.

À você Marisa querida, enviamos o nosso amor e gratidão eternos e o fazemos com o carinho do nosso último aplauso.

 

Mensagem publicada nos meios digitais:

“Bons pensamentos são frequentemente acompanhados de um olhar para o Céu e, diz a cultura popular, os melhores viram estrelas, por sinal as mais brilhantes, ao deixar a Terra para assumirem o posto ainda mais venerável de fontes eternas de inspiração. Todos os que um dia conviveram com Marisa Bravi na Abrapp sabem, melhor dizendo, estão ungidos da mais absoluta certeza, de que esse é o caso dessa extraordinária figura humana e profissional.

Tudo de bom que se pode dizer dela é fruto das muitas comprovações do amor que dedicou, ao longo de mais de três décadas, ao ideário que nos reúne aqui no 4º CBPP. Sim, Marisa cumpria todas as missões com maestria, uma enorme capacidade profissional, mas sempre adicionando a dose certa de doçura.

Profundamente conhecedora dos assuntos tratados, fosse em reuniões de comissões técnicas ou como expositora de um tema,  por exemplo na condição de integrante do time de especialistas da UniAbrapp, sabia muito de comunicação, relacionamento, cultura organizacional e motivação. Pós graduada em variadas áreas, atuou como bem sucedida consultora.

Mostrava-se imbatível ao atuar com graça como mestre de cerimônia em incontáveis  oportunidades. E do seu jeito fazia chegar mais longe as mensagens motivadoras ao final de cada evento.

A passagem de uma profissional desse quilate deixa também um rastro de orgulho, um reforço à convicção de que a previdência complementar fechada reúne os melhores, os mais qualificados.

Daí que a nossa estrela brilha forte e com certeza ilumina a entrega deste 26º Prêmio Nacional de Seguridade Social. Uma premiação de muitos e profundos significados, a começar de um muito obrigado!”

 

Veja o vídeo em homenagem a Marisa Santoro Bravi:

Sindapp lança Cartilha de Negociações Coletivas 2023

Está disponível no estande do Sindapp no 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP) a Cartilha de Negociações Coletivas 2023 para download. O conteúdo busca explorar e analisar, com perspectivas atualizadas, as transformações da Reforma Trabalhista, implementada por meio da Lei nº 13.467 de 2017.

Após seis anos da aprovação da Lei, o impacto nas relações de trabalhos precisam ser cada vez mais compreendidos, e por isso o sindicato patronal das EFPCs decidiu publicar esse conteúdo.

Segundo o Diretor Vice-Presidente do Sindapp, José Manuel Justo Silva, as relações sindicais estão cada vez mais fortes agora. “Montamos essa cartilha justamente para as pessoas entenderem, do lado patronal, a importância de ter um sindicato, pois as negociações serão muito mais frequentes”, disse.

O objetivo da cartilha, explicou José Manuel, é auxiliar na compreensão das empresas da necessidade de participar das convenções coletivas. “É importante ter um sindicato para fortalecimento das negociações. A cartilha mostra isso”.

São 17 capítulos que abordam o papel sindical; perspectivas atuais dos sindicatos; importância da negociação coletiva e como elas ocorrem atualmente; evolução do teletrabalho; a mulher no mundo de trabalho; cuidados básicos para negociar bem; e como se preparar para começar a negociar.

Ele destacou que, com a reforma trabalhista, teve-se um pensamento de que a construção da relação entre empregado e sindicato patronal era mais individualizada, e agora os sindicatos devem se fortalecer mais. “O sindicato patronal também deve estar fortalecido para proporcionar um alto nível de discussão”.

Este ano, o Sindapp obteve convenções coletivas de trabalho firmadas com sindicatos no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Porto Alegre, e uma assembleia foi convocada para reunir representantes da categoria patronal da previdência complementar fechada de São Paulo. “Os sindicatos dos trabalhadores estão vendo que há uma boa vontade para esses acordos”, reiterou José Manuel.

Uso da tecnologia auxilia EFPCs a reduzirem riscos em processos

A tecnologia é um importante aliado das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) não apenas para otimizar processos, mas também para reduzir custos e riscos operacionais. São procedimentos que devem proteger não somente as entidades, mas todas as pessoas envolvidas nela, entre elas participantes, dirigentes e colaboradores.

A palestra técnica “Como Evitar Penalidades e Proteger CPF: Casos Práticos e Tecnologia Avançada para EFPC”, realizada no segundo dia do 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP), que ocorre entre 18 e 20 de outubro, abordou o tema e destacou como o desenvolvimento de tecnologia avançada em sistemas críticos pode trazer maior segurança às EFPC.

“A Previc, a Abrapp e todos nós estamos empenhados em fazer com que a previdência complementar cresça, e para isso precisamos de sistemas que ajudem a levar as entidades para mais pessoas”, disse Marina Vieira Fabro, Diretora Executiva da Maps + Data A.

Segundo ela, é preciso ajudar nos desafios relacionados à conformidade da EFPC e no gerenciamento de contratos, além de entender os riscos a que todo o trabalho das entidades está sujeito, ajudando ainda a reduzir custos, muitas vezes escondidos.

“Também precisamos eliminar riscos regulatórios e penalidades, além de proteger o CPF dos participantes e das pessoas que estão operando o sistema no dia a dia, dando segurança de dados”, complementou Fabro.

Ela apresentou alguns casos de sucesso da implementação de tecnologias que auxiliam as EFPC. Um deles é de um fundo instituído, que precisava de dados e relatórios que ajudassem os gestores e diretores a gerenciar riscos.

Era necessário ainda mitigar risco regulatórios, reduzir riscos financeiros e a complexidade dos processos, além de manter a reputação da entidade. “Como transformar uma emissão de relatórios demorada, e esperar o final para ter clareza do que está ocorrendo?”, questionou.

“Fazer o simples é complexo”, disse Fabro, e, segundo ela, a solução foi ajudar a entidade a olhar para os seus riscos, procurar sua causa raiz, e eliminá-los. “Disrupção é calcular em reais o valor do risco. Isso dá uma visão ampla e específica da entidade”, reiterou.

Outro case foi o de uma das 10 maiores fundações do país, que precisava operar de maneira suave uma obrigação legal da Receita Federal. “Um dos riscos era que os participantes entrassem na malha fina, o que impactaria seus CPFs, e além de poder acarretar em multa para a entidade”, explicou Fabro.

A solução foi trocar o servidor pela nuvem contendo os dados dos participantes, reduzindo o tempo de importação e processamento dos arquivos. “Mudar um processo também é uma disrupção”, disse a palestrante.

O terceiro caso apresentado foi relacionado a uma instituição independente de distribuição de títulos de valores mobiliários que queria escalar freando custos, mas com segurança. “Foi preciso fazer uma grande transformação na instituição, pois havia atraso tecnológico, ajustes manuais, entre outros problemas”, citou Fabro.

O cenário foi transformado a partir da implementação de uma tecnologia de ponta, levando maior segurança e estabilidade ao cliente, ela explicou. “A tecnologia é escalável, para facilitar quando for preciso fazer alterações, além de automatizar processos”.

O 44º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: Asa Investments; BB Asset; BNP Paribas Asset Management; Itajubá Investimentos; Sinqia. Patrocínio Ouro: Aon; Bradesco; BV Asset; Galapagos Capital; Genial Investimentos; Itaú; MAG; Safra; Santander Asset Management; Spectra Investments; SulAmérica Investimentos; XP. Patrocínio Prata: Aditus; Alaska; Anbima; Principal Claritas; Constância Investimentos; Maps + Data A; GTIS Partners; Hashdex; JP.Morgan Asset Management; NAVI; Neo; PFM Consultoria e Sistemas; Trígono Capital; Velt Partners; Vinci Partners. Patrocínio Bronze: Apoena; BlackRock; Capitânia Investimentos; Carbyne Investimentos; Fator; Fram Capital; Franklin Templeton; Hectare Capital; HMC Capital; Inter; Investira; Mapfre Investimentos; Market Axess; Marsche; Mercer; Mestra Informática; Mirae Asset; Polo Capital Management; PRP Soluções Contábeis; RJI Investimentos; Schroders; Teva Indices; Trust Solutions; uFund.

Abrapp compartilha visões para o futuro do sistema de Previdência Complementar 

Ver toda a população brasileira coberta com um plano de previdência complementar não é apenas um sonho, mas também o objetivo estratégico da Abrapp para o futuro. Essa foi a linha principal de trabalho traçada no Planejamento Estratégicoelaborado em um workshop com mais de 40 dirigentes e especialistas da Abrapp, Sindapp, UniAbrapp, ICSS e Conecta no início de fevereiro deste ano.

E esse não é o desejo apenas da Abrapp, mas de, pelo menos, grande parte, senão todos os integrantes do setor, conforme revelou a palestra “Um Presente para o Futuro”, realizada no 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP).

Nela, foi feita uma dinâmica interativa com os congressistas conduzida por Saulo Bonassi, Sócio da Nodal Consultoria e mestre em Estratégia, que propôs que todos os presentes manifestassem qual seria o sonho para o futuro do sistema de previdência complementar.

Entre os apontamentos feitos pelo público, estiveram:

  • A vontade de ver todos jovens investindo e as empresas oferecendo esses benefícios;
  • Previdência complementar contemplando 100% da população e representando 100% do PIB brasileiro;
  • Educação previdenciária a todos, indistintamente.

Jarbas Antonio de Biagi, Diretor-Presidente da Abrapp, destacou que os principais pontos que foram tratados no planejamento Estratégico da Abrapp no início deste ano e as visões do sistema para 2033 vão ao encontro desses desejos.

“No início da nossa gestão, reunimos os dirigentes e colegiados para pensar a previdência complementar, e nessas reuniões, que duraram três dias, trabalhamos a previdência para 2033, um sonho que temos”, disse.

Segundo ele, dadas as demandas sociais, como o próprio envelhecimento da população, os benefícios sociais previdenciários vão diminuir, sendo que a previdência complementar se fará indispensável para todos. “O nosso sonho é chegar em 2033 com um plano de previdência complementar para todas as pessoas”, reiterou Biagi.

Para isso, ele ressaltou a necessidade de uma mudança estrutural a partir de uma nova Reforma Previdenciária que colocaria o pilar de capitalização como obrigatório. “A previdência desde a primeira infância também é necessária”, disse.

Além disso, educação financeira e previdenciária é essencial para preparar a população para poupar.

Outro ponto de fortalecimento do sistema, segundo Biagi, é pensar ainda em uma autonomia da Previc como órgão de Estado e da simplificação de regras. A formação dos profissionais que atuam no setor também é uma prioridade. “É importante manter quadros qualificados nas EFPC”, disse Biagi.

“Medidas de incentivo para atrair mais participantes ao sistema também são importantes, entre elas regras tributárias mais incentivadoras”, disse o Diretor-Presidente da Abrapp. “Incentivo não é renúncia. Mas as empresas precisam ser incentivadas para oferecer planos”, reiterou.

Outra forma de incentivo que é pleiteada pela Abrapp é a inscrição automática.

E para atrair ainda mais pessoas ao sistema, já são oferecidos determinados produtos, como os Planos Instituídos e Família, mas Biagi reforçou que depende essencialmente das entidades fazerem a escolhas para implantá-los, expandindo, assim, a oferta de seus planos.

“A proteção previdenciária que devemos criar ainda depende muito de nós. Temos tido apoio nesses projetos e estamos muito animados”, complementou Biagi.

 

Continue acompanhando a cobertura completa do 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP), que iniciou nesta quarta-feira, 18 de outubro, em formato híbrido – presencial em São Paulo (Transamérica Expo Center) e online –, e segue com programação até sexta-feira.

O 44º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: Asa Investments; BB Asset; BNP Paribas Asset Management; Itajubá Investimentos; Sinqia. Patrocínio Ouro: Aon; Bradesco; BV Asset; Galapagos Capital; Genial Investimentos; Itaú; MAG; Safra; Santander Asset Management; Spectra Investments; SulAmérica Investimentos; XP. Patrocínio Prata: Aditus; Alaska; Anbima; Principal Claritas; Constância Investimentos; Maps + Data A; GTIS Partners; Hashdex; JP.Morgan Asset Management; NAVI; Neo; PFM Consultoria e Sistemas; Trígono Capital; Velt Partners; Vinci Partners. Patrocínio Bronze: Apoena; BlackRock; Capitânia Investimentos; Carbyne Investimentos; Fator; Fram Capital; Franklin Templeton; Hectare Capital; HMC Capital; Inter; Investira; Mapfre Investimentos; Market Axess; Marsche; Mercer; Mestra Informática; Mirae Asset; Polo Capital Management; PRP Soluções Contábeis; RJI Investimentos; Schroders; Teva Indices; Trust Solutions; uFund.

Resolução Previc nº 23 contribui para auto-organização das EFPC de acordo com suas particularidades

O 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP) iniciou nesta quarta-feira, 18 de outubro, com algo que trouxe uma mudança das mais significativas para o setor. Na grade de programação de palestras técnicas, a primeira teve como tema de abertura “Consolidado de Normas Previc (Resolução Previc nº 23/2023)”, mesa-redonda que reuniu oito especialistas para abordar os impactos da norma em diversos setores das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC).

“A Resolução Previc nº 23 é um grande marco consolidador, ao trazer mais segurança  jurídica e racionalização às normas”, disse Eduardo Lamers, Assessor da Superintendência Geral da Abrapp, que moderou a palestra. Os mesmos especialistas presentes são autores dos comentários presentes na “Coletânea de Normas”, publicação que está sendo lançada durante o evento e já pode ser acessada por meio deste link

Na introdução da palestra, Lamers chamou a atenção para o que, no seu entender, é o que há de mais importante na nova Resolução, que é contribuir para uma mudança profunda na forma de conduzir os procedimentos de fiscalização.

Já na equipe de transição do Governo Federal, no final do ano passado, foi discutida a possibilidade desta mudança a partir do diagnóstico quanto à necessidade de juntar as normas em um único normativo, “sem inventar a roda ao fazer isso”, disse Alcinei Cardoso Rodrigues, Diretor de Normas da Previc.

“O primeiro objetivo a ser buscado era o máximo de simplicidade e clareza, evitando nuances e reduzindo custos”, reforçou. Ainda segundo ele, a segunda preocupação naquele momento era eliminar os espaços para extrapolações na interpretação das normas, para assim melhor atender a pesquisa feita pela Abrapp na qual as associadas apontavam a existência de uma “overdose normativa” .

E o terceiro aspecto apontado por ele como objetivo inicial da nova norma era “buscar ver a fiscalização pelo lado das entidades, tentando colocar a predição no lugar do auto de infração”, revestindo todos os procedimentos com muita transparência. A fiscalização, disse, deve ser guiada pela inteligência. “Se for preciso uma mudança cultural, será feita”. Nessa linha, a Previc acabou dando maior reforço para a governança das entidades na resolução.

Um ato a ser divulgado nas próximas semanas pela Previc deixará ainda mais claro o que se deseja, tendo como premissa a distinção entre entidades de diferentes portes e complexidades.

Essa distinção é vista com muito bons olhos pelos especialistas. Adriana Carvalho, Secretária Executiva do Colégio de Governança e Riscos da Abrapp, destacou como muito positiva o reforço que a nova Resolução trouxe para a governança das entidades.

No seu entendimento, trará muitos benefícios o fato de a entidade ganhar maior liberdade para definir a sua estrutura organizacional conforme o seu porte, grau de complexidade e risco, com isso reforçando o seu poder de auto-organização.

Um dos pontos que reforçam essa auto-organização está no tocante à auditoria interna, sem impor obrigatoriedades permite que as entidades adotem flexivelmente o modelo que melhor se adequa ao seu caso.

Geraldo Assis Souza Jr, Secretário Executivo do Colégio de Contabilidade da Abrapp, também observou que a Resolução nº 23, ao consolidar trazendo todas as normas para um só lugar, permite que o arcabouço normativo mostre não só respeito ao pensamento lógico, como favorece um entendimento maior do conjunto.

Fiscalização – Em termos de fiscalização, também há maior consideração quanto ao porte e complexidade, de acordo com entidade e planos de benefícios, além da premissa de que é necessário primeiro corrigir e, por último, punir.

“Poucas vezes vi uma norma ser tão bem recepcionada e pela robustez”, disse Luiz Fernando Brum, Secretário Executivo do Colégio de Assuntos Jurídicos da Abrapp. “A Previc consolidou tudo em um único normativo, simplificou, desonerou e criou um ambiente de maior segurança jurídica”, continuou.

Ele reiterou o paradoxo de que a norma simplificou, mas também regulamentou a fiscalização que não existia, ponderando de forma positiva fatores que serão considerados na elaboração do programa anual de fiscalização, induzindo ações positivas.

Um ponto que seria ainda mais um fator benéfico na linha da auto-organização das entidades é a inclusão da autorregulação. Brum registrou que seria importante essa sinalização por parte do órgão de fiscalização, lamentando que faltou abranger este tópico na resolução.

O especialista também lembrou que um avanço foi a preservação e respeito ao ato regular de gestão, que passa a considerar as informações e dados disponíveis à época em que a decisão foi tomada ou o ato praticado, competindo à EFPC manter registro dos documentos que fundamentaram a decisão ou o ato. “Este ponto acabou com a fiscalização pelo retrovisor”, reiterou Brum.

Os limites para atuação da Previc em alguns pontos da norma também foram ressaltados por Brum como trazendo ainda mais segurança às entidades. Isso porque a Resolução nº 23 estabelece que a fiscalização deve diferenciar o investigado da EFPC. “Sabemos que não raramente o investigado já não ocupa uma posição no órgão de governança da entidade”, disse.

Assim, a norma direciona para que a equipe de fiscalização tente sempre obter diretamente do investigado esclarecimento sobre os fatos que podem ser de sua responsabilidade, não confundindo com a atuação vigente da gestão da referida entidade, que pode estar sob comando de outro dirigente.

Investimentos e Contabilidade –  A norma é abrangente e traz ainda aspectos que impactam questões de investimentos e contábeis das EFPC. Édner Castilho, Secretário Executivo do Colégio de Investimentos da Abrapp, elogiou a preocupação da Previc em colocar os custos entre os fatores a serem considerados na escolha dos gestores no momento de investir. “Na verdade, a Resolução nº 23 acertou em quase tudo em relação aos investimentos”, resumiu de forma abrangente.

Igualmente importante foi a aprovação da fórmula de cálculo das cotas dos perfis de investimentos pelos conselhos deliberativos. Por outro lado, ele observou que continua na agenda a necessidade de continuar discutindo outros pontos, como a volta dos investimentos diretos em imóveis, tetos maiores para alocações no exterior e fundos estruturados e marcação na curva para planos de Contribuição Definida (CD).

A Abrapp segue em discussões sobre esses temas e espera que haja, em breve, uma  revisão da Resolução CMN nº 4.994 para tratar desses pontos, conforme o Diretor-Presidente Jarbas Antônio de Biagi reforçou em coletiva de imprensa que precedeu o 44º CBPP.

Geraldo Assis, por sua vez, citou algumas facilidades concedidas às EFPC no que se relaciona ao envio à Previc de suas obrigações contábeis. Da mesma maneira, há pontos a tratar no caso da alienação de imóveis.

A norma trata do retorno da obrigação de reavaliação anual dos imóveis, por reconhecimento de valor justo apurado por laudo de avaliação. Na hipótese da alienação de imóveis, há necessidade de apresentação de no mínimo três laudos técnicos de avaliação, podendo ser dispensado um deles caso tenha sido realizado em prazo inferior a 180 dias.

Assis defendeu uma maior flexibilização no tocante à validade dos prazos de avaliações feitas, mesmo já tendo a Previc dado alguns passos nesse sentido.

As facilidades vieram mais para os planos CD, mas de modo geral verificou-se sim uma flexibilização, uma vez que a Previc não impõe, e deixa para as entidades em muitos casos decidir o que é melhor para si. “Em várias situações, a autarquia não é mandatória, usa o termo ‘poderão’, abrindo a possibilidade de opção”, destacou Assis.

Licenciamento e Atuária – Roberto Messina, Membro da Comissão Técnica Regional Sudoeste de Assuntos Jurídicos da Abrapp, tratou do quesito licenciamento. Antes, a Previc analisava todo o regulamento das EFPC a cada pedido de alteração, e não apenas o que estava sendo proposto. Para ele, ficou claro que agora a Previc deve se ater mais especificamente às mudanças pretendidas pela entidade solicitante, sem a necessidade de se rever todo o regulamento.

“O foco é claramente colocado sobre o que está sendo alterado no regulamento”, disse. No que diz respeito às consultas feitas à autarquia, tornou-se mais claro o que é a fase de instrução e quando se passa ao momento da decisão.  Ou seja, a EFPC terá o direito de se manifestar pelo conhecimento da manifestação dos interessados e poderão se manifestar antes da Previc tomar uma decisão em relação à consulta”

A Resolução nº 23 também trouxe maior sustentabilidade no longo prazo a toda a parte atuarial, a começar da garantia de que as avaliações atuariais estarão disponíveis quando necessárias a partir da divulgação de Fato Relevante quando for decorrente de uma conjuntura de volatilidade nos resultados, disse Raphael Barcelos de Faria, Secretário Executivo do Colégio de Planos Previdenciários da Abrapp.

Ao tocar em questões como a imprescindibilidade de um efetivo mercado de anuidades, ao lado dos procedimentos que devem ser seguidos em uma transferência de gestão de planos, a Resolução nº 23 contribui ainda para que a previdência complementar fechada siga assegurando o pagamento regular de estável de benefícios, algo que é uma de suas principais marcas, disse Faria.

TAC e Supervisão Baseada em Risco Outro ponto positivo que necessitava de mudança, segundo Luiz Fernando Brum, é a alteração do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) , que a partir de agora poderá ser firmado após lavratura do auto de infração.

Em relação à supervisão baseada em risco, Brum destacou que a norma estabeleceu a obrigatoriedade da observância deste, o que antes era apenas uma recomendação do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). “O foco da supervisão é no controle de risco, em ações voltadas para a orientação dos dirigentes. O moderno processo administrativo sancionador prioriza a correção da irregularidade antes de simplesmente punir”, disse Brum.

Eduardo Lamers disse que há uma cultura de alta judicialização no Brasil, mas a intervenção da Previc nas EFPC deve ser estratégica, criando-se uma estrutura propositiva em prol do fomento da previdência complementar. “O tema deste 44º CBPP é Previdência Complementar Para Todos, e é óbvio que fomento é a palavra da vez. Por isso, tratamos dessas mudanças com essa necessidade de engajar esforços para fomentar o sistema. A norma é um marco para o nosso segmento”, complementou Lamers.

 

Continue acompanhando a cobertura completa do 44° Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP),  que iniciou nesta quarta-feira, 18 de outubro, em formato híbrido – presencial em São Paulo (Transamérica Expo Center) e online –, e segue com programação até sexta-feira.

O 44º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: Asa Investments; BB Asset; BNP Paribas Asset Management; Itajubá Investimentos; Sinqia. Patrocínio Ouro: Aon; Bradesco; BV Asset; Galapagos Capital; Genial Investimentos; Itaú; MAG; Safra; Santander Asset Management; Spectra Investments; SulAmérica Investimentos; XP. Patrocínio Prata: Aditus; Alaska; Anbima; Principal Claritas; Constância Investimentos; Maps + Data A; GTIS Partners; Hashdex; JP.Morgan Asset Management; NAVI; Neo; PFM Consultoria e Sistemas; Trígono Capital; Velt Partners; Vinci Partners. Patrocínio Bronze: Apoena; BlackRock; Capitânia Investimentos; Carbyne Investimentos; Fator; Fram Capital; Franklin Templeton; Hectare Capital; HMC Capital; Inter; Investira; Mapfre Investimentos; Market Axess; Marsche; Mercer; Mestra Informática; Mirae Asset; Polo Capital Management; PRP Soluções Contábeis; RJI Investimentos; Schroders; Teva Indices; Trust Solutions; uFund.

44º CBPP: Abrapp reforça agenda em direção à Previdência Complementar Para Todos 

Previdência Complementar Para Todos é o tema do 44º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP), e também é o principal objetivo da atual agenda de fomento da Abrapp. “Todos devem ter previdência complementar, pois é melhor para a pessoa e, portanto, para a sociedade”, disse o Diretor-Presidente da Abrapp, Jarbas Antônio de Biagi, em coletiva de imprensa que antecedeu o maior evento mundial do setor, realizada nesta terça-feira, 17 de outubro.

O 44º CBPP começa na quarta-feira, 18 de outubro, 44º Congresso Brasileiro de Previdência Privada (CBPP) que terá formato híbrido – presencial em São Paulo (Transamérica Expo Center) e online. Saiba mais.

“Hoje cuidamos do nosso estoque e também do nosso futuro. Trabalhamos para ter um modelo de previdência complementar obrigatório por questões de longevidade. O benefício previdenciário, pela necessidade, consome um volume de recursos considerável do Estado, e a tendência é toda a sociedade ter esse benefício complementar”, disse Biagi.

Otimista com a recriação do Ministério da Previdência Social, o Diretor-Presidente da Abrapp destacou que ter novamente um espaço direto para diálogo sobre o setor com o Governo favorece a discussão de pautas de fomento para o segmento.

Esse movimento já foi impulsionado por uma iniciativa do próprio Ministério e do Governo Federal a partir da criação, por meio do Decreto nº 11.543, de um Grupo de Trabalho que trabalha na elaboração de propostas de revisão da regulação do segmento fechado de previdência complementar. Entre os principais temas já discutidos neste GT estão retirada de patrocínio e equacionamento de déficit.

Para andar ainda mais na agenda de fomento da Previdência Complementar Fechada, a Abrapp defende que outros temas também devem entrar em pauta. Um deles é a inscrição automática aos planos de benefícios para todos os planos patrocinados, com prazo de 90 dias, conforme já é adotado por algumas fundações de servidores públicos, para que o participante opte ou não por deixar o plano.

“Precisamos de educação financeira e previdenciária, e a inscrição automática tem caráter indutor, para a pessoa refletir e avaliar se deve ou não sair do plano. Isso tem sido estudado no âmbito dos Ministérios da Previdência Social e da Fazenda”, explicou Biagi.

A flexibilização do Plano de Gestão Administrativa (PGA) é outro pleito do sistema e que surge com a proposta de que se crie regras permitindo às Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) utilizarem esses recursos, mesmo que parcialmente, para investir em seu próprio crescimento, desde que aprovado por seus colegiados.

“Cada plano tem um saldo para despesa administrativa e para isso se criou o PGA, com uma política de investimentos à parte. Mas não há autorização para investir no fomento, se necessário. O que buscamos é essa liberdade. A governança das EFPC precisa ter recursos para fazer investimento e atrair novos participantes”, disse o Diretor-Presidente da Abrapp.

No mesmo sentido de políticas que atraiam mais pessoas ao sistema, a Abrapp trabalha cada vez mais para fortalecer instrumentos que vinculam novos participantes às entidades. Planos Família e o Plano Setorial Corporativo são exemplos disso.

Reformas – Biagi mencionou ainda que faz parte da Agenda de Reformas Financeiras (ARF) do Ministério da Fazenda propor medidas de incentivo para o desenvolvimento dos mercados financeiro e de capitais, e um dos temas discutidos é o desenvolvimento do mercado de anuidades, sendo uma oportunidade para o mercado segurador oferecer alternativas de produtos em complementação com o setor de Previdência Complementar Fechada em determinadas situações.

Outra reforma importante que deve incluir temas relacionados à Previdência Complementar Fechada é a tributária. Um dos pleitos da Abrapp é que, a partir do entendimento de que a Previdência Privada Fechada é gerida por entidades sem fins lucrativos, as EFPC possuem natureza social/previdenciária e não financeira, não podendo se inserir no mesmo regime jurídico e tributário de instituições financeiras.

Ainda no âmbito tributário, está em discussão o Projeto de Lei 5503/2019, do Senador Paulo Paim (PT-RS), que reforça a importância do direito à escolha do regime de tributação (tabela progressiva ou regressiva) no momento da obtenção do benefício para os participantes. O PL se encontra na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, sob relatoria da Deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).

Investimentos – A agenda de crescimento do sistema também passa por discussões das regras de investimentos das EFPC. Uma delas é a possibilidade da marcação de títulos públicos na curva, “A cultura do nosso participante é de receber o benefício após acumular por muito tempo. Não é um objetivo financeiro. Não é necessária uma marcação a mercado, notadamente em títulos públicos, e essa é uma situação que entendemos que deve ser revisitada”, disse Biagi.

Outro ponto é a revisão da Resolução CMN nº 4.994, que trata de normas para os investimentos das entidades. A remoção das restrições aos investimentos em imóveis físicos e o aumento do percentual limite para investimento no exterior estão entre os itens que podem ser revistos na norma.

A Abrapp também pleiteia maior incentivo para que as EFPC invistam na economia real, e entre as propostas para que isso ocorra está a da criação de debêntures de infraestrutura com garantia do BNDES e taxa de rentabilidade garantida.

“Formalizamos a proposta para o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e está em análise. O que nos parece necessário é que as entidades invistam na economia real. Mas também nos parece necessário que o gestor tenha instrumentos de segurança”, reiterou Biagi.

Fiscalização – O Diretor-Presidente da Abrapp reforçou ainda a visão de que o segmento precisa ter mais segurança em relação à supervisão e fiscalização, e que para isso a Previc foi criada, refutando a ideia de que o Tribunal de Contas da União (TCU) também tenha essa competência de forma direta.

“O TCU tem uma fiscalização de segunda ordem, das patrocinadoras, que por sua vez têm todo direito de solicitar às entidades documentos e esclarecimentos relacionados aos investimentos. É uma questão de racionalidade. A Previc é o órgão destinado a fiscalizar as EFPC”, disse Biagi.

Resultados – Durante a coletiva de imprensa, foram apresentados os resultados do setor, que alcançou R$ 1,2 trilhão em ativos no primeiro semestre de 2023, crescimento de 6,28% em comparação com o mesmo período de 2022.

A carteira consolidada do sistema acumulou rentabilidade de 6,02% este ano até junho, acima do rendimento mínimo para cumprimento das metas atuariais, que foi de 4,99%. O déficit líquido do sistema reduziu 69% no período, para R$ 17,3 bilhões, em comparação com os R$ 55,6 bilhões registrados em junho de 2022.

O total de benefícios pagos nos últimos 12 meses, até março de 2023, foi de R$ 86,7 bilhões. O setor possui 2,94 milhões de participantes ativos e 881 mil assistidos (aposentados e pensionistas), totalizando 3,82 milhões de participantes, entre ativos e assistidos.