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44º CBPP: Caminhos para a expansão das EFPC são construídos coletivamente

20/10/2023

Os insights para a reinvenção do sistema de previdência complementar movimentaram  a última collab session do 44º CBPP, maior evento mundial do setor, realizado do dia 18 a 20 de outubro, no Expo Transamérica, em São Paulo.  Com o tema “Expansão ou Morte”, a dinâmica foi conduzida por Luís Ricardo Marcondes Martins, Presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp e diretor-superintendente da MAG Fundos de Pensão; e Saulo Bonassi, Sócio da Nodal Consultoria e Mestre em Estratégia.

A construção de um futuro desejável passa pela ação de cada agente do sistema, para ganhar força no coletivo. Por isso, acollab session de encerramento foi guiada pelo verbo agir. Bonassi iniciou a fala com um convite para as entidades buscarem o crescimento sustentável a partir de três horizontes: defesa do negócio atual, construção de bases para novos negócios emergentes e criação de alternativas para negócios futuros.

Bonassi provocou o público com as seguintes questões:

  • Como está a adoção dos produtos já disponíveis (no sistema) na sua entidade?
  • Considerando nosso sonho e posicionamento, como você vê o potencial dessas ideias a explorar e investigar?
  • Que outras ideias de produtos e públicos que você vê para o futuro (ideias fora da caixa, malucas)?
  • O quanto você se sente motivado a fazer a sua parte e mobilizar a expansão?

As soluções para a expansão

O palestrante lembrou que o sistema já desenvolveu soluções rumo à expansão.

Elas foram abordadas por Luís Ricardo Marcondes Martins, que lembrou de uma projeção realizada pelo economista e professor José Roberto Afonso em 2015: se o sistema não se adaptar, as reservas se esgotarão em 2036. “Desde então passamos a inovar, revolucionar e a fazer a leitura do novo trabalhador e das novas relações de trabalho. Implementamos os Planos Família, que hoje reúnem 150 mil participantes e R$ 2 bilhões em reservas. Agora o desafio é implementar o plano Família 2.0 e ampliar a cobertura”, afirmou.

Em seguida, o Presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp destacou a criação do plano Instituído Corporativo, que é fundamental em um contexto no qual há menos empregos e mais serviços. “O Instituído Corporativo tem o potencial de alcançar 5 milhões de empresas em nosso país, beneficiando 50 milhões de trabalhadores. São planos que rompem as amarras dos planos patrocinados e proporcionam proteção social e continuidade de crescimento ao sistema”, avaliou.

Martins também lembrou das oportunidades proporcionadas pelos fundos de entes federativos. Disse que a Funpresp-Exe, por exemplo, já reúne cerca de R$ 7 bilhões, com mais de 100 mil participantes; e a Funpresp-Jud conta com 25 mil participantes e quase R$ 3 bilhões. “O governo solicitou nossa ajuda para implementar fundos nos municípios, que poderiam ser exclusivos de entidades fechadas, auxiliando o Estado brasileiro a ampliar a cobertura em nível federativo”, pontuou.

Ele reforçou que é necessário manter a busca de novos arranjos para o desenho de planos, mesmo diante de preocupações com os custos. Isso porque o mais importante é a necessidade de proteger o maior número possível de pessoas. “Olhamos os exemplos no mercado internacional. Há estudos na Holanda e no Reino Unido de planos de Contribuição Definida (CD) coletivos, com compartilhamento de fundos entre empregados e empregadores. Essas práticas podem ajudar a reduzir encargos e onerosidades sem comprometer a proteção aos trabalhadores.”

Quanto ao mercado de anuidades, já amplamente implementado em países como Chile e Uruguai, Martins disse que a Abrapp está trabalhando para sua implantação no Brasil. “Isso requer discussões sobre tabelas de mortalidade e taxas de juros, e a estamos liderando esses esforços em conjunto com stakeholders.”

Outro ponto que destacou foi a segregação de previdência e saúde, desde a Lei Complementar nº 109. Segundo Martins, é importante explorar produtos que possam capitalizar recursos para planos de saúde. “Esse é um desafio significativo, mas que pode representar uma evolução importante em nosso sistema, para proteger um número ainda maior de pessoas”.

Ele finalizou a palestra lembrando que o sistema administra um estoque de R$ 1,3 trilhão, e precisa manter atenção ao fluxo, com ideias inovadoras. “A Abrapp está comprometida em liderar o caminho para que a previdência complementar ajude o estado brasileiro a proteger um número cada vez maior de pessoas”, concluiu Martins.

O 44º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: Asa Investments; BB Asset; BNP Paribas Asset Management; Itajubá Investimentos; Sinqia. Patrocínio Ouro: Aon; Bradesco; BV Asset; Galapagos Capital; Genial Investimentos; Itaú; MAG; Safra; Santander Asset Management; Spectra Investments; SulAmérica Investimentos; XP. Patrocínio Prata: Aditus; Alaska; Anbima; Principal Claritas; Constância Investimentos; Maps + Data A; GTIS Partners; Hashdex; JP.Morgan Asset Management; NAVI; Neo; PFM Consultoria e Sistemas; Trígono Capital; Velt Partners; Vinci Partners. Patrocínio Bronze: Apoena; BlackRock; Capitânia Investimentos; Carbyne Investimentos; Fator; Fram Capital; Franklin Templeton; Hectare Capital; HMC Capital; Inter; Investira; Mapfre Investimentos; Market Axess; Marsche; Mercer; Mestra Informática; Mirae Asset; Polo Capital Management; PRP Soluções Contábeis; RJI Investimentos; Schroders; Teva Indices; Trust Solutions; uFund.