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46º CBPP: Painel promove o debate sobre os desafios da longevidade e o novo papel das EFPC
23/10/2025
No início dos anos 60 o Presidente Kennedy, pressionado pela competição com a então União Soviética, lançou o “Projeto Apollo” prometendo colocar o homem na Lua no espaço de tempo de 10 anos. E cumpriu a promessa. Hoje, cientistas, a indústria da longevidade e os investidores, reunidos informalmente no que se convencionou chamar de “Projeto Matusalém”, pedem também uma década para estender a vida humana até os 120 anos, dos quais 100 deles, vividos com boa saúde.
A informação foi apresentada em painel do 46º CBPP com o título de “Ciência da Longevidade: Implicações para a Sociedade e para os Fundos de Pensão desta Nova Fronteira do Conhecimento”, que teve como expositores Gleisson Rubin Diretor de Previdência MAG Seguros, e Ricardo Neves, Sócio da LifeLong 50 Plus.
O quadro não é inteiramente desconhecido mesmo hoje. Petros e Previ juntas já tem centena e meia de centenários como seus assistidos. A mudança que está por vir, em futuro não tão distante, é que a exceção deve virar o novo normal.
Claro, a Previdência Social estará vivendo um desafio e tanto. Já aos fundos de previdência, igualmente desafiados enquanto pagadores de benefícios, talvez essa nova realidade abra a possibilidade de se tornarem mais que isso, pode ser que agentes ativos de uma indústria mais alargada da longevidade.
Para estar equilibrada, começou explicando Gleisson, a Previdência Social, por seguir o regime de repartição simples, depende de quem está na ativa para pagar as aposentadorias e “esse modelo está ruindo”. Sim, está se tornando gradativamente inviável, pela baixa natalidade.
Baixa e continuamente em queda. No século passado eram 8 contribuintes para 1 beneficiário, hoje é de 1,7 para 1. Em 2050, deve empatar e passados mais 10 anos, o Brasil terá mais aposentados que trabalhadores contribuintes.
Mas os números podem tornar-se mais difíceis em outros sentidos. Para uma situação de equilíbrio sempre dependeu de se trabalhar 30 anos e para receber por 15 por anos na condição de aposentado Enfim, a pessoa trabalhava até os 60 anos e sua expectativa de sobrevida a partir daí seria de viver até os 75 anos. Funcionou bem até o final dos anos de 1990. Só que hoje quem atinge os 60 vive até 85, provocando o tal desequilíbrio.
Resultado de tanto aperto, segundo Gleisson, é uma clara tendência de os benefícios pagos tenderem a um achatamento, aproximando-se cada vez mais do valor de 1 salário mínimo. E “nesse cenário a previdência complementar fechada irá se tornando cada vez mais impositiva”. E isso dentro de um quadro de educação financeira e previdenciária que torne essas limitações visíveis para as pessoas.
Mas a previdência complementar fechada poderá ir além de pagar esses importantes benefícios. É que as pessoas, obrigadas a se reorientarem profissionalmente ao longo da carreira, enfrentarão períodos de transição profissional e consequente insegurança financeira, momento em que irão precisar ser apoiadas. E fornecer tal apoio pode vir a ser um papel sob medida para as EFPC preparadas para isso. As entidades poderiam também operar plataformas de serviços demandados por esse crescente público.
Ricardo Neves chama a atenção para o quanto se pode ir cada vez mais rápido. A revolução dos biomarcadores, biologia molecular, telômeros, entre outros nomes que habitam esse novo universo, traz como seu principal impacto a possibilidade de atacar preventivamente os males antes que causem degeneração maior. “Será um avanço tremendo, considerando que 77,6% das mortes ocorrem por envelhecimento, por causas degenerativas”, resume Neves.
O 46º CBPP é uma realização da Abrapp, UniAbrapp, Sindapp, ICSS e Conecta. Patrocínio Diamante: ASA, Evertec, Itajubá Investimentos. Patrocínio Ouro: Aditus Consultoria Financeira, Aon Consultoria, BB Asset, BNP Paribas Asset Management, Bradesco Asset, Galapagos Capital, Itaú, MAG Seguros, Mirae Asset, Principal Asset Management, REV Corretora, Safra, Santander Asset Management, SulAmérica Investimentos, XP Investimentos. Patrocínio Prata: Caixa Asset, Inter, MarketAxess, PFM Consultoria e Sistemas, Porto Asset, Trígono Capital, Vinci Compass. Patrocínio Bronze: Anbima, Az Quest, Consepro AI, Constância Investimentos, Fin4She, FRAM Capital, HMC Capital, Icatu Vanguarda, IIA Brasil, Investira, MAF Consultoria e Treinamento, MAPFRE Investimentos, Mirador Atuarial, Multifonds, Opportunity, Patrimonial Gestão de Recursos, Polo Capital, PORTO REAL, PRI, PRP Soluções, Real Investor, RJI Investimentos, TAG Investimentos, Tivio Capital, Vila Velha Corretora de Seguros, WEDAN Consultoria. Parceiro de Mídia: Gazeta Mercantil. Apoio Promocional: ABIPEM, Abrasca, ABRH, ABVCAP, ANABB, ANCEP, ANFIP Nacional, APIMEC Brasil, ASCPrev, B3, CRA-SP, FACPCS, FEBRABAN, FIAP, FIPECAFI, IBA, IBGE, Ibracon, PLANEJAR, Previpar, Tchê Previdência, UNIDAS.

