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46º CBPP: “Os humanos precisam fazer o que a tecnologia não faz”, aponta futurista Martha Gabriel 

22/10/2025

Você pensa no futuro, ou melhor, você o enxerga? Pois saber identificar os fatos indicativos de como será o futuro pode ser o grande diferencial das vidas presente e vindoura. Ninguém fala sobre essa temática, que antes de tudo envolve a relação entre a humanidade e a tecnologia, com mais propriedade que Martha Gabriel, cujo currículo acadêmico completo preencheria um livro.

Autora dos best sellers “Liderando o Futuro”, “Inteligência Artificial – do Zero a Superpoderes” e “Você, Eu e os Robôs”, Martha tem formação pelo IFTF (Institute for the Future), engenheira pela Unicamp, pós-graduada em Marketing e Designer, mestre e PhD em artes e formação executiva pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), entre outros títulos. Ela conduziu a sessão magna “Ponto de Partida – Nada Mais Como Antes” no primeiro dia do 46º CBPP. Os 50 minutos da sua palestra voaram como se fossem cinco.

Se todos sentem quando algo novo está acontecendo, hoje essas sensações ocorrem “sete vezes por dia”, brinca Martha. O ritmo da inovação é alucinante. Além de sentir as mudanças, é preciso compreendê-las. “Quem entende as regras do jogo está ficando bilionário. A humanidade passou 99% da sua história sem mudar praticamente nada. De uma década para cá, as coisas passaram a mudar todo dia. Precisamos de habilidades adicionais para enxergar os próximos passos”, advertiu Martha diante de um auditório lotado.

Alguém ou algo capitaneia essas mudanças? Sim, a Inteligência Artificial é quem impulsiona todas as tecnologias. É o sinal dos tempos, e esse sinal nos recomenda que não nos preocupemos em ser bons naquilo que não é mais necessário. “É preciso fazer o que a tecnologia não faz”, aponta a especialista. Como desvendar, então, o acesso a esse campo inovador? “Precisamos ter os pés nas pendências e a cabeça nas tendências. Olhar para o futuro é combater o curto prazo. O curto-prazismo é o capeta”, brincou Martha Gabriel.

Sempre bem-humorada, ela disse não confiar em quem tem certezas absolutas, e recomendou que ninguém tente ser rápido sem saber a direção correta a seguir. “Um sinal de mudança é quando ouvimos uma notícia que nos provoca aquele frio na barriga”.

Notícias que efetivamente prenunciam saltos na História nunca faltaram. Ela lembrou da criação do primeiro chatbot de I.A.: o Eliza, em 1966, simulava uma conversa entre um paciente e um psicoterapeuta, usando regras simples de processamento de linguagem. Basicamente, ele reconhecia palavras-chave nas frases do usuário e devolvia respostas genéricas, reformulando o que a pessoa dizia. 

Hoje, abundam os indicadores de mudanças profundas. A Albânia pretende substituir seu governo por Inteligência Artificial para combater a corrupção com mais eficiência – claro, nada de concreto ainda nesse sentido, e talvez nem seja uma medida positiva, mas o movimento existe.

Há fartura de novidades com potencial de transformar o mundo. Outro exemplo aconteceu em janeiro de 2020, quando se anunciou o primeiro “robô vivo”, um híbrido de células humanas e dispositivos tecnológicos destinado a limpar os oceanos. E o que dizer da Ayayi chinesa, personagem digital criada com inteligência artificial e tecnologia 3D hiper-realista, desenvolvida pela empresa RM Inc. (Ranmai Technology), considerada a primeira “meta humana” da China, com aparência e expressões quase indistinguíveis de uma pessoa real?  

A bem-vinda evolução do mundo se dará mediante o convívio harmônico entre humanos e tecnologia. As relações de trabalho não ficam fora desse cenário, tampouco a previdência. “A reconfiguração do trabalho vai reconstruir a previdência”, prevê Martha. Assim, o futuro deverá integrar longevidade e saúde, com aumento da expectativa de vida média, o crescimento de planos com foco em bem-estar e envelhecimento ativo e integração de indicadores de saúde e estilo de vida no cálculo atuarial.

Em suas previsões, será crescente a demanda por fundos de impacto e carteiras verdes. A avaliação de investimentos se dará cada vez mais sob critérios de governança e ética social. Aumentará a pressão por transparência ambiental e social. Na previdência privada do futuro, o “cofre” de aposentadoria será substituído por uma plataforma inteligente de bem-estar financeiro e longevidade ativa.

Uma frase de Martha, mais uma vez bem-humorada, ilustra o que nos espera: “Se você não morrer em 10 anos, provavelmente não morrerá mais.

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